Definiu o Papa Francisco
“Política é o dom supremo da Caridade”, mas como entendermos esta afirmação
quando olhamos para uma política suja, com grandes espertezas, desvios e
corrupções. Somos tentados a olhar para ela e dizer que “odeio” política, não
quero nem saber.
A Política é a arte do BEM COMUM,
é arte porque necessita de dons e talentos, é através dela que se organiza uma
sociedade, os vários interesses e perspectivas.
Ao se afastar deste ideal do BEM
COMUM a pessoa de bem, com talento a caridade e organização entrega a Política
para pessoas sem escrúpulos e que visa somente seus interesses ou de grupos.
Papa Francisco afirma que “Para o
cristão, é uma obrigação envolver-se na política, não se pode lavar as mãos”,
pergunta ainda: “É fácil dizer que a culpa é do outro, mas o que estou fazendo?
É um dever trabalhar para o bem comum, é dever do cristão”.
O convite que fazemos em nossa
paróquia para este ano é que participe ativamente. Apoie um candidato a
vereador de forma direta, conheça suas propostas e veja o que já faz e o que
propõe. Não venda seu voto, não busque favores, se não tem candidato pergunte a
um amigo de sua confiança, deixe que o candidato saiba que o apoia e que
cobrará sua postura na Política.
Seja um cristão que se compromete
com sua comunidade, e ao indicar um candidato tenha clareza que será bom. Não
vote apenas por favor ou porque o candidato faz favores.
As eleições municipais é uma
grande oportunidade para resgatarmos nossa Política. Fazer não somente uma
política representativa que entregamos a alguém e lavamos as mãos, mas fazer
uma Política Participativa onde além de votar participemos ativamente das
organizações sociais, dos conselhos e dos movimentos, para que a Política de
fato ajude a organizar, e dar vida digna as pessoas.
A Cartilha de Orientação Política
– A Igreja e as Eleições 2016 – O cidadão consciente participa da política da
CNBB é um material importante para nos prepararmos bem para “retomar” a
Política. Vejamos alguns pontos da cartilha:
“A cidadania não se esgota no
direito-dever de votar, mas se dá também no acompanhamento do mandato dos
eleitos” - Neste ponto tempos que tomar
gosto pelo empoderamento político, participar ativamente de nossa sociedade,
opinar nas estancias certas, falar com nossos representantes.
Uma cobrança que se faz a Igreja
é se ela tem candidato, na cartilha encontramos “ A Igreja Católica não assume
nenhuma candidatura, mas incentiva os cristãos leigos e leigas, tem têm vocação
para a militância político-partidária, a se lançarem candidatos” – neste ponto
temos que ver se em nossa comunidade tem candidato católico e como ele já
participa, sua atuação pastoral e se suas atitudes são coerentes com esta
missão, se for apoio e indique.
O Bom eleitor na cartilha:
É uma pessoa honesta – não vende
seu voto, nem troca por favores, respeita os adversários políticos / deixa a
liberdade de escolha / analisa a pessoa do candidato e programa / compromete-se
com a comunidade.
Vamos olhar a Política com novos
olhos e atitudes, limpa-la desta lama que esta. A política participativa depende de cada um de nós, indo à ela com a missão
evangélica, anunciar e construir a boa nova, a boa política.